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Pode ter sido por esta, ou por outras razões, que Jorge Luís Borges sempre imaginou que o paraíso seria “uma espécie de biblioteca”.
Mas a manutenção desses retiros mentais para leitores e a preservação dos objetos que guardam a memória coletiva da humanidade requer todo um conjunto de tecnologias com a capacidade para criar um ambiente digno de um paraíso onde os níveis de temperatura e humidade são constantes o ano inteiro.
Muitos são os estudos que concluem que a duração média de um livro está diretamente relacionada com a manutenção da temperatura ambiente do espaço onde está guardado. Quando sujeitos a variações na temperatura do ar, o objeto livro sofre o impacto do ‘stress’ térmico que conduz à dilatação ou contração dos materiais que o constituem.
Para evitar alterações nas propriedades mecânicas do papel, da cola, da tinta ou de outros revestimentos usados nos livros, é fundamental que a temperatura permaneça o mais estável possível. E não é apenas a temperatura do ar, mas também a humidade relativa. Ambos são fatores cruciais de risco em bibliotecas e arquivos. Se a isto juntarmos a exposição a gases e partículas poluentes, assistimos a uma degradação mais acentuada: alterações de coloração de páginas, capas e lombadas e ao enfraquecimento geral dos materiais. Uma vez iniciado o processo de envelhecimento por falta de qualidade do ar, poderá ainda verificar-se o aparecimento de insetos ou poeiras, especialmente nas capas em pele.
A presença de pessoas por longos períodos e a sua interação com os livros tem também um impacto na qualidade do ar no espaço da biblioteca e, por conseguinte, também nos livros.
A Biblioteca de Angra do Heroísmo apostou nos equipamentos OCRAM Clima para assegurar a Qualidade do Ar Interior e preservar os livros, os leitores e a memória coletiva.
A manutenção das coleções de livros está então dependente de tecnologia capaz de tratar o ar interior do espaço e evitar o impacto de grandes oscilações. Segundo a IFLA (Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias), de cada vez que a temperatura aumenta 10 °C, duplica a velocidade da degradação química que provoca a descoloração, escurecimento e esbatimento de impressão. Pelo contrário, por cada 10 °C de diminuição de temperatura, a velocidade de reação baixa para metade.
Os materiais orgânicos como o papel, a pele ou o tecido rapidamente se expandem após absorver a humidade do ambiente — favorecendo o aparecimento de bolores e micro-organismos.
Tendo em mente a importância de um sistema AVAC que trate com eficácia o ar interior de edifícios que acolhem Bibliotecas e Arquivos, a Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, em Angra do Heroísmo, está agora dotada de Unidades de Tratamento de Ar da Ocram Clima.
As Unidades de Tratamento de Ar são responsáveis por assegurar a manutenção de uma temperatura estável e dos níveis de humidade mais apropriados para preservar os livros e arquivos, retardando o seu processo de envelhecimento e mantendo o seu espaço de conservação para as gerações atuais e futuras. As UTAs promovem ainda a saúde dos utilizadores do espaço com ar limpo e de qualidade, à temperatura de conforto durante os habituais longos períodos de permanência na biblioteca.
Se Roger Zelazny ainda respirasse e fosse um frequentador da Biblioteca da Angra do Heroísmo, com certeza que voltaria a escrever: “gosto de bibliotecas. Fazem-me sentir confortável e seguro por ter à minha volta paredes de palavras, belas e sábias”.
Acreditamos que os atuais utentes partilhem as suas palavras e usufruam dos benefícios da qualidade do ar, com a sua concentração e produtividade favorecidas. Quem sabe alguns possam dar asas à sua imaginação e fazê-la voar num espaço de ar fresco, dedicado a preservar a memória coletiva e cultural de toda a comunidade.